sábado, 7 de fevereiro de 2009

Vida Vivida


Olá Amigos...

Depois da amarga reportagem que eu postei ontem, segue uma um pouco mais doce.
Leiam até o fim, tenho certeza que vocês também vão gostar.

Como aconteceu com quase todos os que optaram pela viola, sua escola foi a vida, ouvindo, tocando e se inspirando nos mestres. E seu mestre estava longe dos olhos, mas perto de sua vitrola: o mineiro Tião Carreiro.

Em 1976, o mais original dos violeiros já tinha inventado o pagode caipira e era um mito. Seus discos eram ouvidos, reouvidos, interrompidos, para que o mato-grossense pudesse entender os acordes e as puxadas.

'O Tião gostava de samba e foi trazendo seu swing para a viola, misturando acordes de violão e viola, um completando o outro, porque um sem o outro não balança'.

Alguns anos depois topou com Tião num festival. Em péssima hora. Bêbado feito um gambá, ele não conseguiu conversar com Tião, mas lhe pediu que afinasse sua viola.'Foi a única vez que toquei bebado, pra nunca mais!'.

O segundo contato como o violeiro, em condições melhores, aconteceu quando foi fazer seu primeiro disco na Continental, em 1981, e o encontrou no corredor da gravadora. Foi aquela emoção. Então se referiu ao episódio do festival, do qual Tião nem se lembrava.

'Eu disse que era seu fã, me derreti e ele ficou surpreso, porque não imaginava que sua música pudesse ter chegado ao pessoal mais novo. De fato, aquelas modas nunca chegaram perto da minha geração.

Nosso papo fluiu e ficamos amigos. Eu sempre curioso, ele sempre vaidoso de ter uma pessoa perguntando as coisas. Eu me sentava na sua frente e dizia 'faz de novo, repete, deixa eu ver'.
O toque de um violeiro é muito especial, difícil de ser assimilado, tem que escutar muito pra entender o caminho das mãos."Aprendi a fazer a batida do Tião, puxando pro meu jeito".

Capturado do site oficial de Almir Sater, para saber mais clique Aqui.

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